Descubra como viver sem dívidas e alcançar a estabilidade financeira com nosso guia prático de 11 passos. Em ‘Viva sem Dívidas: 11 Passos para a Estabilidade Financeira’, você encontrará as estratégias essenciais para resolver seus problemas financeiros de uma vez por todas.
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Brasileiros e dívidas
Dívida é a escravidão do mundo moderno. O mundo gira em dívida.
Precisa de um carro? Empréstimo.
Uma casa? Empréstimo.
Educação? Empréstimo.
Quer encher sua casa com coisas que você não precisa? Cartão de crédito.
O ritmo alarmante em que a dívida tem vindo a aumentar acaba por destruir a vida de milhões de pessoas.
Um novo recorde histórico, o número de brasileiros inadimplentes chegou a 73,1 milhões em outubro de 2024, conforme o Serasa.
Isto significa que 40,4% da população adulta do país está com dívidas atrasadas e negativadas.
Na comparação com o mesmo mês de 2018 (61,2 milhões), são 11,9 milhões a mais de pessoas inadimplentes, ou seja, uma alta de 19,4%.
Além dos impactos gerados pela insuficiência da educação financeira do brasileiro, a inadimplência é uma variável que segue as principais tendências do cenário econômico nacional.
Nesse sentido, com a estagnação da economia, aumento do desemprego e da inflação ao longo dos meses, que impactam diretamente o orçamento doméstico, continuamos a bater recordes no número de consumidores com contas em atraso.
O segmento de Bancos e Cartões é o que tem o maior número de dívidas vencidas e não paga. Este crescimento demonstra a dificuldade em honrar um tipo de pagamento que costuma ser prioridade das famílias.
Isso é um sinal de que as pessoas já tomaram crédito para quitar outras dívidas e chegaram no ponto de não conseguirem pagar nem este empréstimo.
Entre os fatores de endividamento das famílias destacam-se:
- o cartão de crédito, (86,9% dos casos),
- os carnês (16,2%)
- e o crédito pessoal (9,8%)
Um dos destaques positivos foi o cheque especial, que estava presente nas dívidas de apenas 3,9% das famílias, o menor percentual desde o início da pesquisa em 2010.
Como entramos em dívidas
Existem dívidas causadas por fatores externos, como, por exemplo, a perda de um emprego quando vários compromissos já estavam firmados.
As principais razões para acumularmos dívidas são:
- Desemprego
O desemprego é a principal razão da inadimplência no Brasil, de acordo com o levantamento do SPC Brasil.
Segundo os estudos realizados, foi constatado que 38% dos inadimplentes deixaram de pagar as suas dívidas assim que saíram de seus empregos.
Nessas situações, as pessoas acabam priorizando o essencial e, por isso, deixam de arcar com as demais obrigações em seu nome.
- Parcelamento
O hábito de dividir uma compra em várias parcelas é um dos principais motivos da inadimplência no País.
Ao parcelar uma compra, a pessoa assume uma dívida que pode ser de médio ou longo prazo — e, muitas vezes, a inadimplência acontece porque a pessoa não adiciona o valor dessas parcelas em seu orçamento mensal.
- Falta de educação financeira
Muitos inadimplentes não conhecem o valor do dinheiro e, por isso, saem fazendo dívidas deliberadamente. Um dos motivos desse comportamento é a falta de educação financeira.
O inadimplente desconhece as formas de gastar de maneira saudável, gerando despesas indevidas e acúmulo de contas para pagar.
- Falta de planejamento financeiro
Assim que recebe o salário, muita gente não faz nem ideia para onde o dinheiro vai. Isso acontece por falta de um planejamento financeiro para controlar os gastos do dia a dia.
Essa falta de controle faz com que a pessoa não idealize que o dinheiro vai embora nos pequenos gastos diários, gerando dívidas que poderiam ser facilmente evitadas.
- Salário atrasado
Por mais que muita gente esteja devendo justamente por falta de planejamento financeiro, grande parte dos inadimplentes se encontra nessa situação por forças maiores.
Na crise que vivenciamos em nosso país, muitas empresas e órgãos públicos atrasaram o salário dos funcionários o que gerou um desequilíbrio orçamentário para as famílias, que tiveram que passar por momentos de adaptação.
Com isso, algumas contas se tornam prioridades e outras ficam engavetadas.
- Diminuição da renda
Com o aumento da taxa de desemprego e a diminuição de renda, o número da inadimplência também tende a aumentar. E isso não acontece só em razão do desemprego.
O aumento da inflação também influencia na diminuição da renda, já que o dinheiro passa a valer menos e as pessoas perdem poder de compra.
Dessa maneira, o inadimplente utiliza o dinheiro disponível para arcar com as despesas essenciais para ele e para sua família — deixando, assim, de pagar contas e dívidas que, sob seu ponto de vista, são consideradas supérfluas.
- Crédito fácil
A facilidade em parcelar compras, realizar empréstimos e estourar o limite do cheque especial são outros grandes motivos da inadimplência.
As diversas opções de crédito oferecidas pelo mercado — a juros exorbitantes — também têm relação com o aumento da inadimplência no país.
11 Passos para sair das dívidas rapidamente
Se você chegou até aqui, com certeza tem dívidas que está com dificuldades de pagar. A boa notícia é que você pode sair dessa situação complicada rapidamente.
Para isso você precisa seguir alguns passos:
- Passo 1: Liste todas as dívidas
O primeiro passo para sair das dívidas é saber qual é a real situação das suas finanças. Por isso, é essencial listar todos os débitos que têm, por menores que sejam.
Saiba exatamente quanto está devendo, há quanto tempo e para quem.
Isso é indispensável para definir quais débitos precisam ser quitados primeiro.
Liste também as empresas com as quais você deve entrar em contato para renegociar o que está devendo.
- Passo 2: Organize o orçamento
Uma atitude fundamental para sair das dívidas é organizar o seu orçamento. Você pode usar um aplicativo de telefone, uma planilha do computador ou mesmo um caderno.
O importante é que você anote todo o dinheiro que você recebe no mês e todos os gastos.
O recebido pode ser salário, bônus, aposentadoria, dinheiro de bicos etc. E os gastos precisam ser detalhados, para você conseguir cortar o que é supérfluo.
- Passo 3: Corte gastos desnecessários
Enquanto você está com dívidas, fica difícil realizar sonhos maiores. Então, por um período será necessário apertar o cinto e cortar alguns gastos. Lembre-se das pequenas economias, como:
- Apagar a luz do quarto quando sair;
- Colocar o chuveiro na posição verão no período de calor;
- Juntar as roupas para usar a máquina de lavar na capacidade máxima.
- Passo 4: Converse com a família
É muito importante envolver toda a família na organização do orçamento e no processo de sair das dívidas.
Cada membro da sua casa pode ajudar com ideias para diminuir as contas ou conseguir mais dinheiro, como um trabalho extra ou venda de itens que vocês não usam mais.
- Passo 5: Anote todas as entradas e saídas
Tornar o controle financeiro um hábito é outro cuidado para quem quer se ver livre das dívidas.
Nesse sentido, é importante registrar todas as entradas e saídas do orçamento doméstico. Assim, você descobre não só quanto dinheiro está gastando, mas também em que categorias estão as principais despesas.
É essencial registrar mesmo os menores gastos, especificando o valor e a categoria em que a despesa e/ou receita está inserida. Dessa forma, fica mais fácil saber se você está gastando em áreas que são de fato importantes para você e sua família.
- Passo 6: Tente renegociações
Depois de listar todas as dívidas, é hora de partir para a ação: entrar em contato com os credores e, se for o caso, propor uma renegociação dos valores em aberto.
Tenha em mente que, assim como você tem interesse em pagar, as empresas também querem receber.
Por isso, prepare uma proposta para quitar a dívida considerando quanto você pode dispor para saldar o que deve.
Em alguns casos, pode valer a pena vender algum bem para pagar o débito à vista e conseguir um desconto no valor total.
- Passo 7: Priorize os débitos com juros mais altos
Outro passo importante para quem quer sair das dívidas é saber que é preciso priorizar os débitos que cobram juros mais altos.
Se você está devendo no cheque especial ou no cartão de crédito, por exemplo, priorize a quitação desses débitos, que cobram alguns dos juros mais altos do mercado.
Dependendo da situação, pode valer a pena pegar um empréstimo com taxas competitivas para saldar dívidas caras.
- Passo 8: Diminui a quantidade de cartões de crédito
É importante saber quantos cartões de crédito você tem, o limite de cada um deles e quanto você tem gastado por mês apenas no cartão de crédito.
Você é do tipo de pessoa que possui muitos cartões de banco e lojas? Apenas pare! Tome muito cuidado com a quantidade de cartões que você usa, é muito fácil se descontrolar e acabar caindo no rotativo do cartão de crédito.
Ter 2 cartões de crédito é o ideal, um para necessidades do dia a dia e outro para emergência. Controlar o limite é essencial, nunca ultrapasse o valor de 30% do seu salário líquido.
- Passo 9: Portabilidade de crédito
Existe a opção de transferir sua dívida para outra instituição financeira com taxas de juros menores, ou pagamento mais favorável para você.
No entanto, a empresa para qual você passaria a pendência pode negar a transferência, mesmo que instituição antiga (onde você fez a dívida) tenha que aceitar a troca.
Confuso? É que se não for uma boa ideia para a nova credora, ela tem direito de recusar sua proposta.
Para fazer a portabilidade, você precisa solicitar para credora antiga todos os valores da dívida (valor total, CET e juros).
- Passo 10: crie metas
Um dos principais pontos do planejamento financeiro é manter o controle dos gastos. Ainda hoje muita gente utiliza a contabilidade mental como única maneira de controlar a vida financeira.
Para alguns, isso pode até funcionar por algum tempo, mas, geralmente, nossa cabeça vai nos pregar uma peça, principalmente quando decidirmos fazer algum tipo de financiamento e batermos na tecla das parcelas que cabem no bolso.
Cuidado! Várias pequenas parcelas, aparentemente inofensivas quando olhadas individualmente, somadas têm um poder de destruição enorme.
Comece a criar metas de consumo e trabalhe-as com seu orçamento de forma inteligente. Se você tem alguma dúvida, comece priorizando a redução dos gastos fixos e faça de seu planejamento uma arma que responderá como se livrar das dívidas, como sair do vermelho.
- Passo 11: Faça uma auto avaliação
A última dica para sair das dívidas é uma reflexão. Pare e pense no que aconteceu para você ficar nessa situação. Isso é importante para você evitar a inadimplência no futuro e saber sair do problema o quanto antes.

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